Desmistificando crenças fitness

O marketing duvidoso dos alimentos proteicos e o treino sem dor

mai 18, 2025

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Cuidado com os alimentos proteicos: marketing pode enganar

Nem tudo que parece saudável realmente é. Especialistas alertam que muitos produtos vendidos como “ricos em proteínas” usam a estratégia apenas como marketing. Iogurtes, barrinhas e pães com destaque para colágeno, proteína ou glúten free muitas vezes não têm valor nutricional relevante.

O colágeno, por exemplo, aparece em alimentos que trazem quase nada do nutriente que realmente atua na saúde da pele e articulações. Já o “sem glúten” pode passar a falsa ideia de ser mais saudável, mesmo quando o produto é rico em açúcar e gorduras ruins.

A recomendação? Olhar além da embalagem bonita e sempre ler a tabela nutricional.

O segredo do treino eficiente

Um fisiologista desenvolveu um protocolo de treino de força baseado no lema “No pain, more gain” (“sem dor, mais ganho” em tradução livre), ou seja, treino eficaz sem exaustão. Para isso, ele acompanhou 32 jogadoras de futebol de elite (sendo 6 da seleção brasileira). Com exercícios curtos e bem dosados, entre 20 e 40 minutos, o seu método se mostrou eficaz em aumentar a potência muscular e melhorar o desempenho físico e técnico das atletas.

Medições com GPS permitiram ajustar o treino para aumentar velocidade, aceleração e eficiência, sem causar fadiga excessiva. Esse modelo vem ganhando espaço em vários esportes, mostrando que treinar com inteligência e na dose certa é o caminho para melhores resultados.

Veloz e furioso ou devagar e calmo? Benefícios diferentes entre a corrida e a caminhada

A corrida vem liderando as estatísticas globais de prática esportiva, e com razão. A atividade traz benefícios como fortalecimento ósseo, prevenção de doenças crônicas, melhora no humor e na qualidade do sono. Mas pra quem acha que só vale correr: até uma simples caminhada pode reduzir o estresse, melhorar a criatividade e até ajudar na queima de gordura.

Então qual indicar? Ambas as práticas podem ser usadas de maneira complementar, em séries distintas dentro de um mesmo treino. Seja andando ou correndo, o importante é calçar o tênis e se mexer.

Influencer fitness: com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades

Estudo recente da USP revela que influenciadores fitness afetam diretamente a motivação, a autoestima e os hábitos de saúde de seus seguidores. A pesquisa analisou mais de 4 mil interações em redes sociais e identificou dois caminhos: o positivo, com incentivo à atividade física e alimentação saudável, e o negativo, quando há cobrança estética e comparação excessiva.

A conclusão? A influência é real, mas o impacto depende do tipo de conteúdo e da relação emocional construída com o público.

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O que a ciência diz (e muita gente ainda não sabe) sobre musculação

A musculação é uma das atividades físicas mais populares do mundo, e só no Brasil, já são mais de 56 mil academias. Mesmo assim, muitos praticantes ainda seguem mitos em vez de evidências.

Uma pesquisa recente feita com 721 frequentadores de academias na Áustria apresentou 14 afirmações sobre treino de força e pediu que os participantes dissessem se eram fatos ou mitos. As perguntas envolviam temas como suplementação, métodos de treino, proteína, creatina, flexibilidade e outros tópicos comuns nas academias.

O resultado? A maioria errou em média 10 das 14 questões.

Transformando conhecimento em prática

Existem muitos mitos que ainda rondam a musculação, como a falsa crença de que só cargas pesadas geram resultado. Contudo, mais do que decorar o que é verdadeiro ou falso, o papel do personal é ajudar o aluno a entender o porquê de cada escolha.

Algumas estratégias para levar esse conhecimento ao dia a dia do treino:

Explique o raciocínio por trás do treino: sempre que possível, diga ao aluno por que aquele exercício, carga ou método foi escolhido. Entender o “porquê” gera mais confiança e engajamento.
Mostre que resultados não dependem de fórmulas prontas: personalize o treino e deixe claro que existem diversos caminhos eficazes, dependendo do objetivo e da realidade de cada um.
Incentive o aluno a se filmar enquanto treina: isso permite que ele enxergue pontos de ajuste na execução e fortalece a percepção corporal.
Tenha uma rotina de checagem: estabeleça um momento fixo para revisar a técnica, ajustar posturas e tirar dúvidas.
Desmistifique sem arrogância: quando o aluno trouxer uma crença errada (como a “janela anabólica” ou o medo de perder flexibilidade), corrija com calma e respaldo, mostrando o que a ciência atual indica.

Por que isso importa?

Porque ainda se treina mais com base em tradição ou modismos do que em ciência. E é aí que entra o papel do personal trainer: guiar, educar e aplicar conhecimento confiável.

Ensinar o “porquê” de cada escolha, ajustar estratégias à realidade do aluno e manter-se atualizado são atitudes que fortalecem a profissão e entregam mais resultado para quem treina.

Para saber mais: o estudo completo você pode encontrar CLICANDO AQUI.

A física por trás do treino físico: como torque e alavanca mudam o exercício

Já reparou como um mesmo exercício pode parecer mais fácil ou mais difícil dependendo de como você segura a barra? A culpa (ou o mérito) é da física.

Dois conceitos clássicos, o torque e o braço de alavanca, ajudam a explicar por que certos ajustes na execução tornam o movimento mais leve ou mais intenso, sem nem precisar mudar a carga.

Torque é a força que provoca rotação. Na musculação, ele é influenciado pela distância entre o ponto de apoio e onde aplicamos a força (ou seja, onde seguramos o peso).
Braço de alavanca é justamente essa distância. Quanto maior ela for, maior será o torque — e mais difícil o movimento.

Como isso se aplica no treino?

Na remada cavalinho, quanto mais longe da base se segura a barra, mais fácil ela parece. Mais perto da base? A carga pesa bem mais.
Na cadeira extensora, mudar o ponto de apoio da caneleira (mais próximo ou mais distante do joelho) altera drasticamente a sensação do esforço.
Nos levantamentos com barra, variar o grip (posição das mãos) também muda o torque e o esforço necessário.

A sacada é a seguinte: pequenos ajustes no posicionamento podem servir tanto para progredir quanto para adaptar treinos, ideal para alunos em reabilitação, iniciantes ou momentos de descarga.

Quer se aprofundar no assunto? Leia mais sobre como o torque e as alavancas influenciam o treino nestes artigos:

Entender um pouco mais de física pode ajudar muito na prática. Quando compreendemos como o corpo interage com as forças externas, dá pra usar isso a favor da evolução do aluno, com mais precisão, segurança e eficiência.

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